Município vai ganhar Centro de Apoio e Acompanhamento à Pessoa com Doença Falciforme

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Está em fase de implantação em São Francisco do Conde um Centro de Apoio e Acompanhamento à Pessoa com Doença Falciforme, que funcionará na Rua Juvenal Eugênio de Queiroz – Baixa Fria, para atender e dar apoio aos pacientes e familiares de pessoas que apresentam este problema de saúde, que é genético (nasce com a pessoa) e hereditário (passa dos pais para os filhos). Entenda mais sobre a doença.

O objetivo do Centro é promover aconselhamento, acompanhamento, busca ativa e diagnóstico, visando aumentar a qualidade de vida dos pacientes por meio de uma assistência de qualidade. “Em um município com uma população predominantemente negra, fator que está relacionado à incidência da doença, é de extrema relevância a implantação de uma linha de cuidado para a doença falciforme, pois este ainda é um problema de saúde desconhecido pela grande população. Tivemos conhecimento desta doença em nossa cidade através do caso da nossa saudosa prefeita Rilza Valentim, que veio a falecer, devido às complicações desta doença”, explica a coordenadora do Centro de Apoio, Telma Silva.

pezinho 1Ao todo, 36 profissionais da rede municipal de saúde foram capacitados a trabalhar com a doença falciforme, entre eles: médicos, dentistas, assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos. Através do Centro de Apoio e Acompanhamento ao Paciente será possível conhecer os pacientes que possuem a doença e fazer a busca ativa dessas pessoas, visando garantir o tratamento, além de ampliar a triagem neonatal e assegurar assistência integral em toda a rede de saúde como: hospital, CRESAM (Centro de Referência à Saúde da Mulher), SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e as 14 unidades do Programa de Saúde da Família, além de outros setores da gestão como: NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), Centro de Convivência do Idoso e APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).

Conhecer é a melhor forma de tratar. Nós já estamos recebendo a população nas unidades de saúde da família e aqui na Secretaria da Saúde para realizar um exame de sangue simples que detecta a doença [a eletroforese de hemoglobina] e outras doenças como a talassemia”, informa a enfermeira sanitarista Ana Cláudia Reis, que foi capacitada pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico do HemoMinas (MG).

Ela ainda explica que “de 15 anos pra cá, nós temos os dados da APAE, que faz o teste do pezinho para detectar a doença em recém-nascidos, mas antes disso muita informação foi perdida. Além disso, através do Centro vamos fazer o aconselhamento genético das famílias e cuidar das pessoas que apresentam o traço da doença [possuem o gene da doença que pode ser passado para as futuras gerações]. Nossos prontuários também vão ser articulados com os outros serviços de saúde”, afirma Ana Cláudia Reis.

A unidade funcionará com enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e médico hematologista e deverá funcionar das 08h às 16h. O local que vai abrigar o Centro está passando por reformas. Antes da inauguração será feita uma mobilização com a comunidade, provavelmente, durante as atividades do Outubro Rosa no município.

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