Carnaval das Antigas da Fazenda Engenho D’Água contratou mão de obra local

O Carnaval das Antigas, evento carnavalesco promovido no último fim de semana (20 de janeiro) pela Fazenda Engenho D’Água – propriedade particular localizada no município de São Francisco do Conde – contratou mão de obra local para a realização do festejo. Entre eles, músicos e grupos culturais animaram os visitantes-foliões.

A parceria para contratação de mão de obra local foi firmada mediante a Secretaria Municipal de Turismo – SETUR, na pessoa da gestora Ússula Flávia, e o dono da fazenda, o Sr. Mário Ribeiro. Essa parceria, inclusive, representada pela Prefeitura de São Francisco do Conde e a pela Fazenda Engenho D’Água, vem se estreitando desde o ano passado, quando foram inaugurados, em setembro de 2017, apartamentos boutiques com suítes no empreendimento, em que os pilotos que disputaram as edições do Campeonato de Velocidade na Terra se hospedaram no local. Há ainda o estreitamento de relação público-privado mediante a abertura do espaço para visitação de estudante da rede municipal de ensino.

O Carnaval das Antigas representa um produto inovador que consolida mais uma alternativa para São Francisco do Conde. É muito importante perceber a preocupação de um empresário que alimenta e aquece essa cadeia produtiva do turismo, através da aquisição de produtos locais e da inclusão dos atores culturais do município. É gratificante enxergarmos nas ações privadas a presença das nossas manifestações culturais, da nossa gastronomia, e é justamente isso que a gente quer: fortalecer a parceria público-privada para que São Francisco do Conde ganhe e se torne cada vez mais um produto turístico qualificado, capaz de competir com os outros municípios do entorno e de apresentar produtos cada vez mais consolidados”, destacou a secretária Ússula.

Além da banda musical e da charanga, o pipoqueiro, algodão doce e caldos quentes servidos na festa foram todos adquiridos em São Francisco do Conde.

A Fazenda Engenho D’Água

Localizada em São Francisco do Conde-BA, Brasil, no bairro de Monte Recôncavo, a Fazenda Engenho D’Água pertenceu durante mais de 200 anos à família Bulcão, origem dos três barões de São Francisco.//

Gaspar de Faria Bulcão adquiriu as terras por compra e dote de sua mulher, Guiomar da Costa. Em 1655, tornou-se proprietário também da Fazenda Água Boa, vizinha ao engenho São José, a qual já possuía, e o mesmo foi sepultado na capela da fazenda.

Ainda no século XVII, a propriedade passa por sucessão ao filho de Faria Bulcão, Baltasar, e, desde 1718, a seus filhos, os padres Gaspar e Matias, e a José da Costa Bulcão, propriedade esta na qual residiram três barões que receberam e hospedaram personalidades internacionais.

Na década de 1720, o herdeiro de José da Costa Bulcão, também chamado Baltasar da Costa Bulcão, passa por sua vez o engenho a seu filho, que seria o primeiro barão de São Francisco, Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão. Este, casado com Joaquina Maurícia de São Miguel e Aragão, era cavaleiro da Ordem de Cristo e dono também do engenho Muribeca.

Ao falecer, o Barão, em 1829, o Engenho D’Água passa a pertencer ao seu filho primogênito, José de Araújo de Aragão Bulcão, segundo barão de São Francisco, participante ativo das campanhas pela Independência da Bahia, que se casou com Ana Rita Cavalcante de Albuquerque.

O sexto filho do casal, Antônio de Araújo de Aragão Bulcão, herdaria o engenho, por morte do pai em 1865, e seria o terceiro barão de São Francisco. Figura de prestígio na Bahia, foi juiz na província, senador estadual e presidente das províncias de Sergipe e Bahia. Casou-se por duas vezes, ambas com filhas do barão de Rio das Contas, 2°, Maria Clara e Maria José Moniz Viana.

Em 1911, os filhos do terceiro barão de São Francisco venderam o engenho a Emídio de Sá Ribeiro, cuja filha, Julieta Ribeiro Porciúncula, tornou-se, em 1959, a única dona da propriedade, por compra das partes de seus irmãos. Em 1985, a Srª. Julieta Ribeiro Porciúncula vende a propriedade ao Sr. Levton Franco Veloso que, por sua morte, em 1997, passa afazenda para a viúva, Srª. Maria José Guimarães Veloso, que, por sua vez, em 2002, vende o imóvel a Mário Augusto Nascimento Ribeiro, sobrinho-neto do Egº. Emídio de Sá Ribeiro, retornando, nesta data, o imóvel à família Ribeiro. O proprietário atual promove a maior obra de restauração desenvolvida na fazenda, pois a mesma se encontrava com as suas edificações históricas bastante danificadas, concluindo a restauração da casa sede do engenho em 2009.

Fonte: www.fazendaengenhodagua.com.br.

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