Ministério da Saúde lançou plano para eliminar hepatite C no país

Através de um plano pactuado entre o Ministério da Saúde, estados e municípios, o Brasil pretende eliminar a hepatite C até 2030.

A ideia é simplificar o diagnóstico, ampliar o acesso aos testes e fortalecer o atendimento às hepatites virais. Atualmente, a hepatite C tem o maior número de notificações dentre todas as hepatites. Em 2017, a taxa de incidência foi de 11,9 casos por cada 100 mil habitantes. São mais de um milhão de pessoas que tiveram contato com o vírus do tipo C.

O maior desafio do Plano é realizar a busca das pessoas que, ainda que diagnosticadas, não estão em tratamento e daquelas que ainda não foram diagnosticadas, pois a hepatite C é uma doença silenciosa.

O tratamento, atualmente disponível no SUS, possibilita em mais de 90% de chance de cura e é oferecido a todos os pacientes com a doença, independente do grau de lesão do fígado.

O plano de eliminação está alinhado com as metas da Organização Mundial de Saúde (OMS), de tratar 19 mil pessoas este ano, e a partir de 2019, 50 mil pacientes por ano até 2024. A partir de 2025, esse número passa a ser de 32 mil novos tratamentos ao ano. Assim, espera-se reduzir em 65% a mortalidade por hepatite C até 2030.

Em São Francisco do Conde, os profissionais das 16 Unidades de Saúde da Família (incluindo a nova unidade Centro II, que será inaugurada neste segundo semestre), foram orientados a promover atividades em alusão ao tema e disponibilizar o teste rápido para detecção de Hepatites B e C, HIV e sífilis, conforme agenda do profissional.

As Unidades de Saúde da Família (USF) no município ficam localizadas nos bairros: Centro I e Centro II, Nova São Francisco, Baixa Fria, São Bento, Campinas, Paramirim, Monte Recôncavo, Caípe de Baixo e Caípe de Cima, Santo Estevão, Jabequara, Muribeca, Engenho de Baixo, Socorro e Colmonte.

Uma palestra com Dra. Rita de Cássia Barauna sobre o tema ‘Hepatites Virais’, aconteceu na USF do Socorro, dia 18 de julho, junto com a equipe multidisciplinar da unidade: assistente social, dentista, enfermeira, técnicas de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS).

Logo após a palestra, a comunidade realizou testes rápidos.

E no dia 25 de julho, a USF Centro I irá promover uma caminhada com distribuição de preventivos e panfletos. A unidade disponibiliza testes rápidos de segunda a sexta-feira.

No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C e podem tornar-se crônicas e causar danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.

Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, observe se você já se expôs a algumas dessas situações:

 Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A);

Transmissão sanguínea: se praticou sexo desprotegido ou compartilhou seringas, pinças, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B e C);

Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B e C).

PANORAMA DAS HEPATITES

O Brasil registrou 40,1 mil casos novos de hepatites virais em 2017. A hepatite ‘A’ é comumente transmitida por água e alimentos contaminados.

A vacina para hepatite A está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças a partir de 15 meses a 05 anos de idade incompletos.

Em relação à hepatite B, a vacina está disponível no SUS para todas as pessoas. Atualmente, crianças tomam quatro doses, sendo a primeira ao nascer. Nos adultos, que não se vacinaram durante a infância, são administradas três doses.

 

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