Secretaria da Saúde promoverá capacitação para enfermeiros do município

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Entre os dias 11 e 13 de junho será realizada no Laboratório de Ciências da UNILAB – Pólo São Francisco do Conde, uma capacitação para enfermeiros das unidades de saúde do município e das unidades de saúde das cidades de Madre de Deus e Santo Amaro. A capacitação é para a realização de testes rápidos para detecção de HIV, Sífilis e Hepatite. A iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde (SESAU), através do Núcleo de Apoio à Pesquisa e Educação Permanente em Saúde (NAPEPS), da 1ª Diretoria Regional de Saúde (DIRES) e da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP) será promovida por meio de aulas teóricas e práticas ao longo dos três dias, no horário das 08h às 16h, com intervalo para o almoço.

Os testes de HIV já estão sendo realizados na cidade, de forma restrita, pois nem todos os profissionais estão capacitados. Por conta disso, após o processo de capacitação todas as unidades de saúde do município de São Francisco do Conde realizarão os testes para detecção das três doenças/vírus: HIV, Sífilis e Hepatite. De acordo com o Coordenador Administrativo Interino do NAPEPS, Evandro Vieira, esta ação busca capacitar os profissionais para ampliar os atendimentos que já acontecem na região, de forma restrita. “Nosso objetivo é capacitar nossos funcionários – enfermeiros, porque após este processo conseguiremos alimentar o programa com informações dos pacientes atendidos, e desta forma o Ministério da Saúde continuará nos enviando os kits para realização dos testes”.

O coordenador reforça ainda que as principais beneficiadas com os testes são as gestantes, visto que esses exames são obrigatórios para elas. E, a partir da detecção de alguma das doenças/vírus, os casos são tratados no próprio município ou direcionados para tratamento.

Entenda um pouco de cada um dos casos:

HIV- Os primeiros sintomas são parecidos com o de uma gripe: mal-estar, febre alta, dor de garganta e tosse. A doença se manifesta dentro de 3 a 6 semanas, após a infecção com o vírus HIV. Mas, grande parte dos indivíduos só apresentam os principais sintomas da AIDS após, aproximadamente, 8 a 10 anos da data da contaminação. O vírus pode ser transmitido através do ato sexual; de mãe para filho, no momento da gravidez, do parto ou amamentação; através da reutilização de seringas e agulhas infectadas ou instrumentos cortantes não esterilizados, que estejam infectados. A doença ainda não tem cura definitiva, mas existem tratamentos que prolongam os anos de vida de pacientes contaminados.

Sífilis – É uma doença infecciosa causada por uma bactéria e pode se manifestar através do aparecimento de pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem em até 20 dias após o ato sexual desprotegido com alguém infectado. Essas feridas e ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. E, mesmo sem tratamento elas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo e ocorrer queda dos cabelos. A doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o ato sexual sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O vírus é tratado com o uso de um medicamento adequado para o caso que deve ser indicado por um profissional da área.

Hepatite – A hepatite é a inflamação do fígado que pode ser causada por vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. A contaminação pode ocorrer de diversas formas: contágio fecal-oral – condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E); transmissão sanguínea – praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B,C e D); e, transmissão sanguínea – da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D). Atualmente, no Brasil existem vacinas de combate a Hepatite A e B. Para a Hepatite C ainda não foi desenvolvido nenhum tipo de vacina.

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