Seminário de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes alertou sobre o problema no setor turístico

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As secretarias municipais de Cultura e Turismo – SECULT e de Desenvolvimento Social – SEDES promoveram no último dia 18 de maio, o II Seminário de Enfrentamento à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Setor Turístico. O evento aconteceu na Câmara de Vereadores e contou com a presença de secretários municipais, vereadores e os palestrantes que compuseram a mesa para discutir o tema voltado às pessoas menores de idade, na área turística.

Dando início ao evento, um grupo de hip hop fez apresentação, em seguida, iniciou a palestra. O secretário municipal do Meio Ambiente, Marcio Junqueira, falou que é preciso que todos os setores estejam atentos. “Às vezes, a gente fecha os olhos e finge que não vê. Sabemos que o problema acontece e ainda assim deixamos encoberto. Então, discutir isso, que é um problema para a sociedade, é muito bom. As igrejas, as escolas e todos nós temos que debater esse assunto para tentar resolver esse problema”.

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Valdimeire Ferreira, psicóloga do Centro de Referência da Assistência Social – CREAS, de São Francisco do Conde, questionou sobre a educação que as crianças têm com os pais dentro de casa. “O que está sendo projetado para que essas crianças cresçam? As condições socioeconômicas são um dos fatores determinantes para que as crianças cresçam em estado de vulnerabilidade. Os aspectos afetivos também são um dos fatores determinantes na criação de uma criança ou adolesceste”, destacou.

Drª. Simone Angélica, advogada do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia – CEDECA, trouxe algumas informação sobre a atuação do órgão. “O trabalho de proteção e assistência jurídica vem acompanhado de tratamento psicossocial, que, além de promover a assistência necessária para a recuperação psicológica das crianças e dos adolescentes, é também uma importante fonte de informação para os advogados aparelharem suas peças processuais na busca do sucesso da ação penal”.

Já o publicitário Erick Cerqueira falou um pouco da influência da mídia em nossas vidas e no que ela influencia quando falamos de violência. “Devemos ter certeza daquilo que compartilhamos nas redes sociais, pois, muitas vezes, não sabemos a veracidade das informações que estamos publicando. A internet é o tipo de ferramenta que devemos usar a nosso favor, pois ela pode sim nos ajudar a combater qualquer tipo de violência”, disse o profissional de comunicação.

Finalizando a mesa, Dra. Bruna Gelis Fittipaldi, promotora de justiça, trouxe alguns dados relevantes sobre os tipos de violência que as crianças sofrem dentro e fora de casa e foi enfática em dizer que: “devemos denunciar, não podemos nos calar. Dentro da própria casa as crianças se sentem ameaçadas, isso mexe muito com o psicológico fazendo com que se sintam amedrontadas”.

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