São Francisco do Conde quer um Carnaval Cultural livre da contaminação alimentar

Sabe aquele mal-estar, tais quais vômito, diarreia e outras infecções, após comer comida de rua em festas populares? Foi com o propósito de ofertar aos consumidores do Carnaval Cultural de São Francisco do Conde uma alimentação segura, livre de contaminação, que a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico – SEDEC, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde – SESAU, ofereceu na manhã desta terça-feira (18) o curso gratuito de Boas Práticas de Manipulação de Alimentos em Eventos de Massa. A capacitação teve como público-alvo os comerciantes cadastrados pela SEDEC que vão atuar com a venda de alimentos e bebidas durante os festejos carnavalescos 2020, que acontecem de 18 a 26 de fevereiro.

Mudamos a estratégia de alguns eventos populares que acontecem no município e temos tido uma parceria muito forte com a SESAU, a SEMAP (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca) e a SESCOP (Secretaria Municipal de Serviços, Conservação e Ordem Pública) nesses eventos. Temos tido a responsabilidade de fazer o cadastro das pessoas que vão se envolver diretamente no processo de venda durante esses festejos e, com essa parceria, a gente traz a Vigilância Sanitária, que nos auxilia na capacitação dessas pessoas para fazer a manipulação de bebidas e alimentos de forma correta. Isso dá ao folião, ao cliente, a segurança de que vão estar comendo e bebendo produtos que foram manipulados de forma adequada, considerando todas as regras de higiene”, destaca Ana Christina de Oliveira, gestora da SEDEC.

De acordo com a secretária, o trabalho integrado das secretarias fornece as bases corretas para que os alimentos e bebidas comercializados em São Francisco do Conde durante a festa de momo estejam livres de contaminações. E o trabalho da Prefeitura é levado tão a sério que, com relação aqueles que infringem as regras, a gestão municipal impõe restrições, a fim de coibir a continuidade ou repetição dos erros. “Quando é constatado que o comerciante está manipulando os alimentos de forma incorreta são tomadas medidas adequadas. A Vigilância Sanitária é presente com vistorias antes, depois e durante a festa. Já a SESCOP faz a fiscalização temporal, para saber se essas pessoas estão em seus espaços corretos, conforme o mapa de distribuição que entregamos a eles, e se estão vendendo de fato aquilo que colocaram no cadastro sobre o que venderiam. Aqui pela SEDEC, a pessoa já fica com restrição no seu cadastro, na eventualidade de querer participar de um novo processo de cadastramento para outros eventos”, enfatizou.

Sobre o número de cadastrados, a secretária Ana Christina evidenciou que “muita gente foi cadastrada e muita gente ficou de fora. Eu atribuo isso ao desemprego, que infelizmente é uma realidade que não é só nossa, e também às dificuldades que muitas pessoas tiveram de acesso às vendas para o Carnaval de Salvador e daqui da região também, como Madre de Deus. Íamos trabalhar apenas com 100 ambulantes, para que o comerciante fixo também tivesse sua oportunidade de vendas, mas como a procura foi tanta, aumentamos esse número”.

Entre as abordagens trabalhadas durante o curso falou-se dos tipos de contaminação, a importância de manter as mãos sempre bem lavadas, cuidados com o uso de luvas na manipulação dos alimentos, assim como a relevância de fazer uso de roupas limpas, sapato fechado, touca ou boné. A data de validade dos produtos também foi outro aspecto a ser destacado durante a qualificação, bem como o abrir e fechar de porta da geladeira para conservação dos alimentos e o controle de pragas, que é fundamental. “O lixo deve estar sempre bem fechado e a lata desse lixo precisa ser sempre higienizada. Saliento ainda que as embalagens e enlatados dos produtos também devem ser higienizados antes de serem utilizados”, reiterou a instrutora do curso.

Facilmente os foliões do Carnaval Cultural 2020 poderão identificar os comerciantes que foram cadastrados e treinados pela Prefeitura, pois os mesmos estarão utilizando crachás e terão adesivos afixados ao seu material de trabalho, a exemplo dos isopores. Cada comerciante receberá também um crachá a mais, para que o seu auxiliar de vendas possa utilizar. Vale salientar que o espaço onde cada comerciante ficará também estará identificado.

Ao final do curso, os participantes foram certificados.


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