São Francisco do Conde faz festa para homenagear Iemanjá

 

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O tom que prevaleceu no 02 de Fevereiro, em São Francisco do Conde, foi o branco. Os povos de Axé e a comunidade em geral se reuniram para render honras a Rainha do Mar, Iemanjá, que como de costume, foi presenteada com flores, adereços e perfumes.

A festa começou cedo com um cortejo de baianas saindo do Largo da Cubamba em direção à orla marítima. Durante a caminhada, as baianas seguraram faixas pedindo mais respeito a sua fé. Na sequencia, aconteceram os rituais em homenagem a Iemanjá no barração montado na orla e depois os barcos seguiram para fazer a distribuição das oferendas no mar.

“Eu sou filha de pai de santo e acho a festa ótima. É impossível pra mim explicar a emoção que sinto hoje”, revelou Maria da Purificação Rosendo, que estava vestida de baiana e pronta para levar suas oferendas a Rainha do Mar.

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A cidade também recebeu turistas que vieram conhecer de perto essa tradição de fé e sincretismo. “Estamos aqui na Bahia e viemos ver de perto a festa para Iemanjá. É uma bela homenagem e é muito bonito ver como os baianos preservam suas tradições. Nosso país começou pela Bahia e eu amo esse lugar”, contou Leia Oliveira, de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Ela veio conferir a festa pela primeira vez e estava acompanhada da irmã Dinha Oliveira.

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A partir das 13h aconteceu o lançamento da Exposição Fotográfica Benssangana (Senhora de Benção e Poder do Candomblé da Bahia – As Joias do Recôncavo), no Mercado Cultural. Segunda a autora do projeto e curadora da exposição, Patrícia Pinheiro Crisóstomo – bacharel em Direito e Delegada de Carreira da Polícia Civil do Estado da Bahia, o nome Benssangana vem para tratar de mulheres de axé e de resistência. Já que para ela, São Francisco do Conde é uma terra amplamente quilombola, símbolo de resistência no Recôncavo.“ Teremos várias outras iniciativas como essa, inclusive homenageando o mês de março, mês da mulher. Eu lanço um convite nesse momento para que nenhuma de vocês fique fora desse trabalho. Podem ter certeza que todas serão agraciadas. Eu quero agradecer a todos os terreiros que contribuiram para essa festa maravilhosa. Vamos usar essas manifestações culturais para lutar contra a intolerancia religiosa pra mostrar que temos estrutura, raiz e força e vamos nos erguer sobre todo preconceito”, declarou  Crisóstomo. A cantora Carla Lis – vocalista da banda Didá – fez a abertura da exposição com boa música.

E mais tarde, a festa ficou com Matheus Aleluia, às 18h, e com a sambista franciscana Izabel Nogueira, na orla.

A organização da festa ficou por conta da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – SECULT e Assessoria de Eventos – ASSEV e contou também com o apoio do Departamento de Trânsito da Secretaria Municipal de Serviços Públicos – SESP e do Departamento de Promoção à Igualdade Racial (DEPIR) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SEDES.

 

 

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