A beleza e a coragem do povo negro são exaltadas na Rede Municipal de Ensino neste Dia da Consciência Negra
Na manhã desta quarta-feira (20), quando é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra, as ruas da Nova São Francisco se tornaram palco para uma marcha promovida pela Escola Municipal Frei Eliseu Eismann. Empunhando cartazes com imagens de líderes negros e frases que pregavam a igualdade entre todos, os estudantes da escola estavam todos mobilizados em prol da causa.
Os moradores das ruas pelas quais passou a I Marcha da Consciência Negra saíram às portas de suas casas para acompanharem a manifestação, a exemplo da senhora Altair Ferreira Nobre, que também é comerciante local “Achei tudo maravilhoso! Primeira vez que vejo um trabalho tão bonito como esse”, declarou.
A estudante de 10 anos de idade Tiana Gabriela Santos, que é da turma do 5°C disse que a marcha proporcionou uma maior interação com a comunidade e com os próprios alunos da escola. Segundo ela, “A Consciência Negra é muito importante porque a gente pode aprender mais sobre o racismo. As professoras também passam atividades sobre o preconceito e gente aprende muito sobre isso, como a abolição da escravatura”.
Atenta ao filho João Gabriel, de 7 anos, que se divertia com os colegas durante a atividade, Gutiane dos Santos Neri lembrou a importância do respeito entre todos. “Acho que hoje em dia ainda existe preconceito”.
Em toda a Rede Municipal de Ensino, programações simultâneas estão sendo realizadas durante todo o dia. Na Escola João Seabra, localizada na Ponta do Coco, aconteceu o Sarau literário da Consciência Negra, com leitura de cordéis e a participação das mães declamando poemas. Uma palestra sobre Racismo, com o professor Alex, marcou as homenagens na Escola Luziene Amália, também na Ponta do Coco.
Já no Monte Recôncavo, a Escola José de Aragão Bulcão elegeu como tema Ninguém é igual a ninguém, com apresentação das turmas de Educação Infantil. Arte: expressão de minha identidade negra quilombola, foi uma ação conduzida pela Escola Duque de Caxias, com a pintura dos muros da rua da Igreja, em uma união entre a escola e a comunidade.
