Caminhada comemora 20 anos de Saúde Mental em São Francisco do Conde
09/09/2015 Notícias
São Francisco do Conde comemora, em 2015, 20 anos de uma ação de pionerismo e inclusão social, por meio das atividades desenvolvidas pela Saúde Mental. Esta, que foi a primeira do Recôncavo Baiano, reconheceu desde o princípio a necessidade de uma assistência não hospitalocêntrica para pessoas com transtornos psicossociais.
Celebrando este marco, no dia 10 de setembro, o município vai realizar uma Caminhada da Saúde Mental, saindo às 08h, da Rua Rodolfo Tourinho, com chegada na Câmara de Vereadores. O tema do evento é: “São Francisco do Conde – 20 anos de saúde mental”.
O evento é uma organização da Secretaria Municipal da Saúde – SESAU, através do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Enock Valentim Filho. A Prefeitura vai disponibilizar ainda transporte para os povoados e bairros da cidade, saindo das unidades de saúde da família. O transporte também vai garantir o retorno das pessoas que forem prestigiar o evento.
A História da Saúde Mental no município:
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a falta de tratamento em saúde mental ainda é um grave problema. Em São Francisco do Conde, as ações de Saúde Mental iniciaram em 1995, com a criação de um ambulatório de psiquiatria na então Unidade Mista de Saúde Célia Almeida Lima, hoje, o Hospital Docente Assistencial Célia Almeida Lima. A assistência foi iniciada pelos médicos Joaquim Neto e Márcia Regina, que na época eram residentes em Psiquiatria no Hospital Juliano Moreira. Com o tempo, foram agregados a equipe a assistente social Veralice Cardoso e o pessoal administrativo: Lúcia Regina Araújo e Ana Maria Ferreira para compor o time. Essas três integram a equipe até hoje.
A partir de 1997, a grande demanda de pacientes dos municípios de Candeias, Madre de Deus, e Santo Amaro, que na época não contavam com um serviço voltado à saúde mental, criou a necessidade de inserir entre as ações o Programa de Saúde Mental. Em 2001, o Governo Federal aprovou a Lei 10.216/2001, que dispõe sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionar o modelo de assistência. Engajados, a equipe do Programa de Saúde Mental eloborou o Plano Municipal para Implantação do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I, aprovado pela Secretaria da Saúde do Estado. E, em 28 de dezembro de 2010, foi inaugurado pela prefeita Rilza Valentim (in memoriam), o CAPS Enock Valentim Filho, (o nome do espaço foi uma homenagem ao irmão da prefeita, que sofria com transtornos psicossocias), onde desde então passaram a acontecer os atendimentos com prioridade aos usuários portadores de transtornos mentais severos e persistentes e também na modalidade ambulatorial, incluindo usuários de álcool e outras drogas. A sede do CAPS atualmente está em reforma e o Centro está funcionando na Rua Rodolfo Tourinho, próximo a 10ª CIPM.
Atualmente, o CAPS acompanha 1.800 usuários do serviço, que estão cadastrados para acompanhamento, oficinas e recebem uma gama de serviços que visam a reinserção social destes indivíduos e a quebra de paradigmas e preconceitos.