Município participou de evento para criação de cadeia de escolas de economia solidária

economiasolidária

O município de São Francisco do Conde foi representado pela servidora da Secretaria de Agricultura e Pesca (SEAP), Manuela Pedreira Rodrigues Silva, durante a 66ª Reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) – evento ocorrido em Campinas (SP), entre os dias 10 e 11 de novembro, cuja proposta passa pela criação de uma cadeia de escolas de economia solidária. A sugestão foi do Secretário Nacional de Economia Solidária (Senaes), o professor Paul Singer.

Mesas de debates, diálogos e oficinas nortearam o encontro. Engajado com o assunto, Paul Singer participou da mesa de debates “Diagnóstico e Visão de Futuro da Economia Solidária”. Na oportunidade, o secretário nacional propôs a criação de uma cadeia de escolas de economia solidária. “Devemos criar escolas para famílias trabalhadoras para entenderem o que é, o que pode ser e o porquê precisamos da construção urgente de uma economia solidária maior do que ela já é”.

Singer disse ainda que a grande maioria dos trabalhadores brasileiros foi educada para ser assalariada, com carteira assinada. No entanto, ele afirmou que essa não é a melhor opção para a classe. “O autoemprego coletivo, em que o trabalhador não é o subordinado, mas sim uma pessoa que participa de todas as decisões e que nunca será mandado embora porque é um dos donos, é a melhor opção”, afirmou.

Para o presidente da FNP, José Fortunati, a economia solidária é um tema que, indiscutivelmente, hoje toma conta das questões públicas municipais. “Temos que encaminhar nossos prefeitos e prefeitas para seguirem cada vez mais este tema, mas de forma qualificada”, declarou.

O assunto será debatido também durante a III Conaes (Conferência Nacional de Economia Solidária) e contará com a participação de secretários municipais e estaduais brasileiros e franceses.

 

Dificuldades

Sociólogo e membro da coordenação nacional da rede de gestores, Vladimir de França disse que as transições de governadores e prefeitos é a principal dificuldade enfrentada pela rede. “Para fortalecer a questão, pretendemos estabelecer uma política de estado, por meio do marco legal, e implementar conselhos de economia solidária”, contou.

Segundo França, atualmente, a economia solidária gera renda para cerca de 2 milhões de pessoas e as atividades mais comuns são artesanato, alimentação e reciclagem.

Skip to content