“No Recreio” falou sobre xenofobia para alunos do CEAS na última quinta-feira (03)
Na última quinta-feira (03), o programa “No Recreio” da Secretaria Municipal da Educação – SEDUC foi até o CEAS – Centro de Aperfeiçoamento do Saber, no Caípe, para falar sobre xenofobia. O projeto é desenvolvido através do Programa Educa Chico e contempla alunos do Fundamental II. O objetivo é fomentar o conhecimento sobre xenofobia e outros assuntos vinculados ao universo dos estudantes.
Na ocasião, a apresentação teve a participação do advogado Antonio Carlos Nery, franciscano que foi entrevistado para falar sobre as conseqüências da violência racial e do preconceito. O advogado ressaltou que racismo é crime e que existem leis para punir essas ações. Também participou o diretor do CEAS, Rogério Santos, que destacou a ação da escola no quesito preconceito. “Nós vivemos e convivemos com o preconceito desde que nascemos, então é importante que a escola trabalhe a questão do racismo e da xenofobia. Precisamos romper essas barreiras e nós do CEAS trabalhamos muito essas questões em sala de aula”, destacou Santos.
A apresentadora do projeto, Rute Rocalio, também entrevistou Josilene Bandeira, representante do DEPIR (Departamento de Promoção da Igualdade Racial), que apresentou para os alunos de que forma o DEPIR atua no município e esclareceu que eles podem procurar o departamento para informações sobre questões raciais e de gênero. Para finalizar a apresentação do projeto teve ainda a participação dos estudantes africanos, vindos de Guiné-Bissau, Daniel e Luis. Eles apresentaram um vídeo com as belezas do continente africano, com o intuito de desfazer a ideia de que na África só tem pobreza e doenças, além de terem falado sobre a rica cultura deste continente composto por 54 países e que possui mais de 2 mil idiomas. Além das entrevistas em formato de roda de conversa aconteceu nos intervalos apresentações dos jovens do CEAS, com banda de percussão, judô, recital de poesia, música e dança.
O projeto “No Recreio” teve início neste ano de 2015 e já passou pelas seguintes escolas: Instituto Municipal Luiz Viana Neto – IMLVN, Centro de Aperfeiçoamento do Saber – CEAS, Centro Educacional Claudionor Batista – CECBA e Escola Joaquim Alves Cruz Rios. O Complexo Escolar Julieta Ribeiro Porciúncula, Arlete Magalhães e Lícia Maria Pinho – CEJAL será palco do encerramento das ações este ano, no dia 16 de dezembro.
A ideia do projeto surgiu a partir de uma realidade vivida pelos estudantes africanos que estão no município de São Francisco do Conde – na UNILAB. Estes estavam sofrendo preconceito da comunidade local – caracterizando a xenofobia. “Nós do Educa Chico pensamos em uma forma de ajudar esses jovens e aí montamos o ‘No Recreio’, a fim de levarmos informação para nossos alunos da rede municipal, para que eles sirvam de multiplicadores em suas comunidades e, assim, possamos amenizar as dificuldades enfrentadas por esses estudantes africanos”, enfatizou Silvana Antunes – do projeto No Recreio.
Entre os parceiros estão: Secretaria da Educação – SEDUC, ASEAA – Associação dos Estudantes e Amigos da África, SEDES/ DEPIR e Defensoria Pública; Secretaria de Planejamento – SEPLAN; Secretaria de Turismo – SETUR; Secretaria de Cultura – SECULT e Assessoria de Eventos – ASSEV, além da Assessoria Geral de Comunicação – AGECOM.
O que é Xenofobia:
Xenofobia significa aversão a pessoas ou coisas estrangeiras. O termo é de origem grega e se forma a partir das palavras “xénos” (estrangeiro) e “phóbos” (medo). A xenofobia pode se caracterizar como uma forma de preconceito, como uma doença ou um transtorno psiquiátrico. O preconceito gerado pela xenofobia é algo controverso. Geralmente, se manifesta através de ações discriminatórias e ódio por indivíduos estrangeiros. Há intolerância e aversão por aqueles que vêm de outros países ou diferentes culturas, desencadeando diversas reações entre os xenófobos.
