Caminhada pelo Dia de Luta Antimanicomial aconteceu em São Francisco do Conde

Caminhada pelo Dia de Luta Antimanicomial 1

A animação foi presença constante durante a Caminhada pelo Dia de Luta Antimanicomial – Por Uma Sociedade Sem Manicômios, no dia 31 de maio. Profissionais da Saúde, usuários do serviço, alunos da APAE e a comunidade percorreram as ruas do Centro de São Francisco do Conde defendendo os direitos das pessoas com sofrimento mental. A caminhada foi acompanhada pela animação da banda do CECBA (Escola Claudionor Batista) e na chegada à orla aconteceu uma oração e os participantes da caminhada entoaram cânticos.

Durante o percurso foram expostos faixas, cartazes e distribuídos materiais educativos explicando o motivo da ação. O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro dessa luta está o combate a ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos. O Movimento faz lembrar que todo cidadão tem o direito fundamental a liberdade e convívio em sociedade.

Caminhada pelo Dia de Luta Antimanicomial 3

Um dos motivos de comemorações neste dia é a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços de saúde substitutivos, ou seja, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), residências terapêuticas, programas de redução de danos, centros de convivência e outros.

O evento foi promovido pelo Centro de Atenção Psicossocial – CAPS Enock Valentim Filho, que fica na Rua Rodolfo Tourinho, com total apoio logístico da Secretaria Municipal da Saúde.

O serviço de Saúde Mental de São Francisco do Conde é uma ação pioneira em prol dos direitos dos usuários do serviço. Em 2016, a existência do serviço no município completa 21 anos de trabalho.

Caminhada pelo Dia de Luta Antimanicomial 2

A História da Saúde Mental no município – Em São Francisco do Conde, as ações de Saúde Mental iniciaram em 1995, com a criação de um ambulatório de psiquiatria, na então Unidade Mista de Saúde Célia Almeida Lima, hoje, o Hospital Docente Assistencial Célia Almeida Lima. A assistência foi iniciada pelos médicos Joaquim Neto e Márcia Regina, que na época eram residentes em Psiquiatria no Hospital Juliano Moreira. Com o tempo, foram agregados a equipe a assistente social Veralice Cardoso e o pessoal administrativo: Lúcia Regina Araújo e Ana Maria Ferreira para compor o time. Essas três integram a equipe até hoje.

A partir de 1997, a grande demanda de pacientes dos municípios de Candeias, Madre de Deus, e Santo Amaro, que na época não contavam com um serviço voltado à Saúde Mental, fez surgir a necessidade de inserir entre as ações desenvolvidas o Programa de Saúde Mental. Em 2001, o Governo Federal aprovou a Lei 10.216/2001, que dispõe sobre os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redirecionar o modelo de assistência. Engajados, a equipe do Programa de Saúde Mental elaborou o Plano Municipal para implantação do Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I, aprovado pela Secretaria da Saúde do Estado – SESAB. E, em 28 de dezembro de 2010, foi inaugurado pela prefeita Rilza Valentim (in memoriam), o CAPS Enock Valentim Filho (o nome do espaço foi uma homenagem ao irmão da prefeita, que sofria com transtornos psicossociais), onde desde então passaram a acontecer os atendimentos com prioridade aos usuários portadores de transtornos mentais severos e persistentes e também na modalidade ambulatorial, incluindo usuários de álcool e outras drogas. A sede do CAPS atualmente está em reforma e o Centro está funcionando na Rua Rodolfo Tourinho, próximo a 10ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar).

Skip to content