Dezembro é mês de luta contra o HIV/AIDS e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis e também de mobilização contra o Aedes Aegypti, em São Francisco do Conde
12/12/2019 Destaques , Notícias , SaúdeNo último mês de 2019, as Unidades de Saúde da Família (USF) do município têm a importante missão de continuar levando informações para comunidade, ajudar a disseminar a educação em saúde e promover a reflexão e mudança de hábitos.
No Dezembro Vermelho, ação que compõe a agenda da Saúde, a Secretaria Municipal da Saúde – SESAU, por meio das 16 Unidades de Saúde da Família, vai tratar da prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis, entre outras temáticas.
No dia 05 de dezembro, a Unidade de Saúde da Família de São Bento promoveu uma atividade de Sala de Espera voltada ao Aedes Aegypti. O mosquito é transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e Guillain-Barré. O período do verão é o mais propício à proliferação do Aedes.
Já na quarta-feira, dia 10, aconteceu atividade na Escola Duque de Caxias, no bairro do Monte Recôncavo, com o tema: Acuidade Visual. A ação faz parte das ações do Programa Saúde na Escola (PSE). No total, 20 crianças foram atendidas, entre elas 12 encaminhamentos para consulta com oftalmologista.
Por sua vez, a equipe da USF Santo Estevão e Unidade Satélite Ilha do Paty realizou atividade na comunidade sobre a Prevenção do Vírus HIV/AIDS e Outras Doenças. Além da distribuição de materiais educativos e das orientações, a equipe fez a distribuição de preservativos.
A Clínica de Referência à Saúde da Mulher – CRESAM também fez uma atividade em alusão às Doenças Sexualmente Transmissíveis para alertar as mulheres.
Situação do Brasil
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) curáveis estão em alta no Brasil, segundo dados coletados pelo Ministério da Saúde. A principal faixa etária atingida são pessoas de 15 a 49 anos. A sífilis é o caso mais gritante: foram 158 mil notificações da doença em 2018, levando a uma taxa de 75,8 casos para cada 100 mil habitantes — em 2017, eram 59,1 casos/100 mil habitantes.
Há indicativos também de que estejam aumentando as hepatites virais, enfermidades altamente perigosas, pois podem evoluir para cirrose e câncer de fígado e até levar à morte.
Dados do Unaids, programa das Nações Unidas especializado na epidemia, indicam que o Brasil apresentou aumento de 21% no número de novos casos de infecções por HIV de 2010 a 2018, o que vai na contramão mundial, já que, no mesmo período, a queda foi de 16% no planeta.
E não são apenas essas ISTs que estão em alta. As que não são de notificação obrigatória, como: gonorreia e HPV, também estão crescendo no país.
A principal razão é que muitas dessas doenças são silenciosas, podendo ficar meses ou anos sem apresentarem sinais e sintomas.