Educação Ambiental nas escolas franciscanas em prol da conservação e preservação ambiental

Nessa quinta-feira (23), os coordenadores pedagógicos da Educação Infantil foram brindados com uma série de estratégias criativas para ensinar Educação Ambiental às crianças matriculadas na rede municipal de ensino de São Francisco do Conde. A Sala de Formação da Secretaria Municipal da Educação – SEDUC foi o palco da troca de conhecimento, que se voltou para a identidade local, a fim de facilitar a aprendizagem dos alunos.

A água, principalmente salgada, do mar e dos manguezais, é uma presença muito marcante na vida dos estudantes franciscanos. Assim, a primeira atividade realizada com os coordenadores pedagógicos foi a confecção de elementos do mar, utilizando massa de modelar, inspirados em um quadro do artista local Di Araújo. Segundo Angélica Paixão, gerente de Educação Ambiental da SEDUC, não trabalhamos a Educação Ambiental porque está na moda, mas pela necessidade de uma mudança de comportamento diante da degradação do meio ambiente no planeta”.

A Política Nacional de Educação Ambiental foi criada há 19 anos, é regida pela Lei n° 9795, de 27 de abril, e incita o “desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações”. Sob essa perspectiva, considera-se pertinente trabalhar os aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. “Não devemos abordar a temática manguezal exaltando apenas o que esse ambiente tem para nos oferecer, é fundamental ressaltar a necessidade da responsabilidade em proteger o solo, as árvores, os animais e as águas, estendendo a sensibilização também aos pais/responsáveis”, explicou Angélica Paixão.

Alimentação Saudável também foi tema da formação. Novamente a família também deve ser incluída nas discussões. “Não adianta estimular as crianças a comerem de forma correta e os pais enviarem lancheiras com alimentos industrializados”, ponderou José Conceição, da Escola José de Aragão Bulcão. Em consenso, os coordenadores pedagógicos da rede destacaram essa necessidade, quando na formação foi apresentada a Salada de Bate-Papo, uma forma lúdica de incentivar as crianças a comerem alimentos saudáveis. A gerência apresentou personagens, como a D. Cebolita, a Sra. Tomarina e o Sr. Goiatão, montados a partir da junção de frutas e legumes.

Com a ajuda do artista visual Albertoni, que modelou alguns animais prejudiciais à saúde, em dobraduras de papel, foi apresentado o tema. A orientação é que os professores falem dos animais que podem provocar doenças, através de histórias, que também podem ser contadas por meio da tecnologia. Nesse sentido, os coordenadores tiveram uma oficina de edição de pequenos vídeos com o auxílio do celular. Dentre outras atividades, a Gerência de Educação Ambiental fez uma apresentação de fantoches ambientais, onde os bonecos eram os animais domésticos e do ecossistema em que as crianças estão inseridas. As apresentações de fantoche serão feitas para as crianças da rede, a partir de um calendário pré-agendado. “O trabalho com a Educação Infantil é um semear cotidianamente. Ao longo dos anos, o aluno irá encontrar pessoas que lhes irão semear conhecimentos, valores, atitudes”, pontuou a gerente de Educação Ambiental, Angélica Paixão.

Foi pontuado que o município foi selecionado pelo Projeto Sala Verde, através de um edital do Ministério do Meio Ambiente. A referida Sala está sendo preparada e em breve estará aberta à comunidade. A previsão é que o espaço se constitua num ambiente de vivências, onde seja possível adquirir o máximo de observação concreta de detalhes ambientais, tanto da fauna quanto da flora, principalmente dos ecossistemas predominantes no município.

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