III Conferência Municipal de Saúde de São Francisco do Conde termina nesta quinta-feira (09)

conferencia de saude 2São Francisco do Conde deu seguimento a III Conferência Municipal de Saúde na manhã da quinta-feira, dia 09 de julho, discutindo 6 eixos temáticos com a população franciscana: Financiamento do SUS e Relações Público-Privado, explanado pelo médico regulador Cleber Santana e o mestrando da UFBA, Rafael Damasceno; Direito à Saúde, Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade, apresentado por Tatiane Araújo, da Escola de Enfermagem da UFBA; Participação Social e Controle Social, com Maria Ângela da Matta Santos do SINDADOS; Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde, com Tânia Nascimento, referência em Saúde do Trabalhador; por fim, Gestão do SUS e Modelo de Atenção à Saúde, com  Rita Nascimento, da EESP (Escola Estadual de Saúde Pública).

Hoje vamos discutir temas e subtemas que vão falar do povo franciscano. Daqui vai sair muita coisa toda. Nós precisamos fortalecer o SUS. A sociedade está de parabéns por estar aqui participando. Sejam bem-vindos”, declarou o secretário da Saúde, Alberto Jorge Mattos.

A primeira palestra foi sobre o financiamento do SUS, onde o médico Cleber Santana explicou como era a saúde no Brasil outrora e os caminhos percorridos até chegar ao Sistema Único de Saúde, que passou a dar acesso a todos. “Antigamente, quem tinha dinheiro é que tinha saúde no Brasil. Em 1988 foi criada a lei 8080 que dava acesso à saúde para os brasileiros e até hoje estamos nesta luta. Não podemos deixar o SUS acabar, pois ele é um conquista”, afirmou Santana.

Já o segundo palestrante, Rafael Damasceno, explicou que a Saúde é direito de todos e dever do estado. “Não tínhamos uma rede assistencial e hoje o SUS faz muito coisa. Mas, precisamos melhorar. A gente gasta menos em saúde do que muitos países no mundo. O Sistema Único de Saúde está em crise e precisamos defendê-lo”. Ele também explicou que o gasto anual com saúde deve ser de 15% do PIB da cidade e que São Francisco do Conde investe 20,26%.

A segunda palestra, ministrada por Tatiana Araújo, sobre Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade, tratou de aprofundar o direito do cidadão a boa saúde: “Direito não é algo que nasce com a gente, não é uma dádiva, ele é conquistado. É importante ter leis, mas apenas elas não garantem os direitos e o acesso”, afirmou. Ela também explicou que no âmbito da saúde pública a gestão de recursos não é feita com igualdade e sim atendendo ao critério de equidade: “nossos problemas de saúde não são os mesmos dos moradores do Maranhão, por exemplo. Precisamos adequar nossos gastos e Sistema de Saúde para a realidade da nossa população. Por isso, na saúde não existe a ideia de igualdade e sim de equidade na saúde”.

Ela também falou da difamação do SUS na grande mídia e explicou novas propostas que estão sendo feitas, que podem prejudicar os direitos dos brasileiros e o acesso a uma saúde pública de qualidade. “O SUS é um sistema de saúde muito bom, que banca transplantes, coisa que nenhum plano de saúde faz. Além disso, temos o melhor sistema de vacinação do mundo, isso a grande mídia não fala”, declarou Araújo.

No período da tarde irão acontecer os grupos de debates e, por volta das 15h, a plenária final e eleição dos delegados para a 9ª CONFERES.

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