Mais inclusão na educação franciscana

A educação brasileira garante o direito à inclusão educacional dos alunos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. Em conformidade com a lei, a Secretaria Municipal da Educação – SEDUC realizou a conferência “Transtorno do espectro Autista – TEA: Intervir para incluir”, no auditório da CEJAL, na tarde de quarta-feira (26).

Ministrada pela professora Mariene Maciel, a palestra teve por objetivo preparar diretores, coordenadores pedagógicos, professores de educação especial, psicopedagogos e professores que possuem alunos com o transtorno para que possam compreender as características apresentadas pelos alunos com TEA e fomentar estratégias de inclusão. Dentre as peculiaridades desses estudantes, está a dificuldade de comunicação e socialização, os comportamentos repetitivos e interesses restritos.

Participaram da palestra, compartilhando suas experiências, os pais de João Vitor: Luciano César dos Santos e Maria das Graças Leal. João tem 7 anos de idade e estuda na Escola Rural de Jabequara das Flores. “Tudo o que a palestrante falou, estou reconhecendo em meu filho”, declarou o pai de João.

Dentre os pontos abordados pela professora Mariene – que também tem um filho com TEA – estava o gosto dos “autistas” por espelhos, aparelhos eletrônicos, sua enorme sensibilidade para a arte, o apreço pelas rotinas e a necessidade de se criar conteúdos personalizados para atrair a atenção dos estudantes, sobretudo envolvendo música.

É dentro da escola que ele irá se desenvolver, no contato com os colegas”, falou a palestrante. “Por terem uma hipersensibilidade auditiva e perceberem os sentimentos no ar, é necessário termos muito cuidado com o que falamos, pois eles percebem tudo”, completou Mariene.

Segundo Luciano, até 1 ano e 11 meses, João falava, mas, repentinamente, deixou de pronunciar as palavras. Desde então, tanto ele como sua esposa Graça – que é professora da escola em que João estuda – têm lançado mão de uma série de cuidados para garantir ao menino um desenvolvimento saudável e inclusivo. O garoto é acompanhado por uma variedade de profissionais do Programa de Atenção, Acompanhamento Pedagógico e Psicossocial a Alunos e Professores – PROAP, órgão ligado à SEDUC.

Prova de que quem tem TEA pode conviver em sociedade, apesar das dificuldades, e ter sucesso profissional, é o gênio do futebol, o argentino Lionel Messi, que foi diagnosticado aos 8 anos de idade. A partir da conferência realizada pela Gerência de Educação Inclusiva da SEDUC ficou ainda mais claro que o estudante pode e deve se integrar, e a escola é o melhor local para isso.

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