Valorização das artes e sentimento de pertencimento nortearam culminância do Circuito Municipal de Cultura – Cultura em Movimento

O projeto Circuito Municipal de Cultura – Cultura em Movimento, da Prefeitura de São Francisco do Conde, encerrou sua edição 2017 no último dia 26 de agosto, sábado, no bairro do Caípe de Baixo. A culminância do projeto foi norteada pela valorização das artes e pelo sentimento de pertencimento do povo franciscano.

Presentes ao evento estiveram o vice-prefeito e secretário de Governo Carlos Alberto Bispo Cruz (Nem do Caípe), que esteve representando o prefeito Evandro Almeida; o anfitrião do evento, o secretário de Cultura Osman Ramos; o morador de Caípe e secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, Renato Costa Rosa; o vereador Luiz Alberto (Luiz de Nem do Caípe); a diretora do Posto de Serviços do Caípe, Edvanda Veras; Euzébio Santana – representante dos coordenadores regionais; Luís Gustavo Damasceno – representante dos oficineiros; e, Olga Maria da Glória – representante dos alunos.

Tô feliz demais por esse evento”. Essas foram as palavras escolhidas pelo secretário de Cultura, Osman Ramos, para descrever o momento em que moradores da sede e dos bairros de São Francisco do Conde puderam exibir o que haviam aprendido, após esses dois meses de muita dedicação, em que participaram das oficinas culturais. “Nós poderemos levar esse evento para outros bairros, também, porque toda nossa comunidade merece”, ressaltou o vereador Luiz Alberto. Na sequência, o vice-prefeito, Nem do Caípe, afirmou que aquele momento era fruto do comprometimento de cada participante: “isso que acontece hoje, só é possível graças ao empenho de vocês”. Na oportunidade, o gestor criticou as condições da BA que dá acesso ao bairro, que é de responsabilidade do DERBA – Departamento de Estrada e Rodagens da Bahia.

Um ato simbólico de certificação pelas oficinas fez parte da programação, sendo que cada bairro terá sua própria solenidade de entrega dos certificados. A programação incluiu show de Ely Santos (voz e violão) com participação especial da apresentação da Oficina de Violão (bairro Caípe de Baixo); apresentação de Dança Afro Contemporânea (com Cosme Black representando a turma de Dança Afro do Coroado); Roda de Capoeira com componentes da Sede, Ilha das Fontes, Muribeca e Colmonte; Flauta doce (alunos dos bairros de Jabequara de Areia, Paramirim e Colmonte); recital de poesia da ALASFCON; apresentação teatral da MEVANMUH com o tema “São Francisco do Conde”; Percussão (Campinas e Caípe de Cima); Canto Coral (Paramirim e Jabequara de Areia); Dança (Caípe de Cima); Cantos e Ritmos (Gurujé e Ilha das Fontes; e, Samba de Roda (Roseira, Santo Estevão e Caípe de Cima). Ao final, a cantora Isabel Nogueira e o samba local, Egbamba Retrô, fizeram apresentação.

Paralelo às apresentações, o público pôde participar de workshops e conhecer os trabalhos de artesanato que estavam expostos nos stands. Foram eles:

– Artesanato de Jabequara da Areia. Trabalhou com pano de prato, camisa, bonecas, orixás e baianas, todos vestidos de cami. “Esse trabalho ajudou muito porque às vezes a pessoa não tem renda e isso já vai gerar um dinheiro, além de ocupar o tempo ocioso” – Emily Araújo (aluna).

– Artes em desenho do Socorro.  Trabalhou com almofadas, feltro e cami. “Só pelo fato de eu aprender, já traz uma satisfação enorme. Saber costurar, cortar… Antes eu não sabia fazer nada e agora pretendo dar continuidade ao meu aprendizado” – Rosemeire Santos Félix (aluna).

– Artesanato de Santo Estevão. Voltado para cultura local, trabalhou com bonecas enfeitadas com conchas do mar, canoas, camisas que retratavam o cortejo de baianas e a regata de canoas em suas estamparias. “Eu não sabia fazer esse trabalho. Aprendi e vou continuar fazendo porque pretendo tornar isso uma fonte de renda” – Ângela Maria dos Santos (aluna).

– Artesanato da Muribeca. Trabalhou com bonecas feitas de garrafa pet e vidro, ornamentadas com cami e barbante. Panos de prato, ímã de geladeira, porta-pano de prato com suporte de mídia e decoração de chapéu de palha também foram instrumentos de trabalho do grupo. “Estávamos precisando dessa oficina para nos desenvolver. Agora temos algo para vender e ainda podemos reutilizar os materiais que seriam descartados na natureza, além de serem ótimas opções de presente” – Silvaneide Neves dos Santos (aluna).

– Artesanato de Engenho de Baixo. Trabalhos com pintura em garrafas de vidro, outras peças ornamentadas com barbante, uso de porta-retrato, pintura também em panos de prato. “Eu me senti importante por levar meu conhecimento para outras pessoas que podem transformar isso em uma renda extra” – Jandaíra Santos (oficineira).

– Artesanato de São Bento. Trabalhos realizados especialmente com retalhos de pano, para confecção de fuxico, ornamentando diversas peças. Barbante e lantejoula também foram usados na decoração. Confecção de porta CD e porta DVD, máscaras de caretas, que é uma representação da cultura local. “Vou levar ponto positivo desse projeto. Aprendi a fazer pano de prato, capa de almofada, panos para jogo de banheiro e porta-retrato. Agora não preciso mais comprar, eu mesma faço” – Railda dos Santos Rosalvo (aluna).

Teve ainda a Cooperativa das Costureiras de Caípe, com produção de roupa moda praia e a Casa do Artesanato de Caípe de Baixo, que exibiu suas peças com bonecas de pano, pano de prato e jogo de banho ornamentados com crochê e ponto e cruz.

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