Alunos da Escola Três Marias participam de Oficina de Samba

Em comemoração antecipada ao Dia da Consciência Negra, a Escola Três Marias proporcionou aos seus estudantes uma Oficina de Samba. Em clima de muita alegria, a ação foi realizada em parceria com a Associação Cultural Zé de Lelinha.

A atividade foi mediada por Milton Primo, historiador e responsável pelo projeto de musicalização através do samba, e contou com a participação da filha de Zé de Lelinha, Jane, além de alunos da associação. A oficina de samba contemplou estudantes do 4° e 5° anos matutino, cujos professores são Matheus Ramos, Flávia Querino e Litza Pereira, sob a coordenação pedagógica de Bianca Costa.

“Durante o evento, os alunos puderam reconhecer os instrumentos utilizados no samba e as técnicas de dança. Na oportunidade, estudantes e funcionários participaram tocando os instrumentos e dançando”, informou Bianca.

A associação homenageia em seu nome um dos maiores violeiros de samba chula do Recôncavo, Zé de Lelinha, virtuose da viola machete. Esse tipo de instrumento, praticamente extinto, é essencial para a execução do samba chula, sendo fabricado de forma artesanal. Um dos compromissos da Associação Zé de Lelinha é preservar o “saber tocar” dessa viola, de origem portuguesa, salvaguardando este patrimônio imaterial, orgulho franciscano.

O samba chula, também chamado samba de viola e samba amarrado, acontece da seguinte forma: uma dupla de cantadores entoa a chula – miniaturas poéticas que tratam dos assuntos da vida – e a outra dupla, aliada ao coro de mulheres, responde com um verso menor que “arremata” a chula, o chamado relativo. Só se pode entrar na roda na parte instrumental e percussiva, quando a sambadeira vai “peneirando” em passos miudinhos, percorrendo o espaço todo, até dar uma umbigada em outra sambadeira, que espera a próxima chula cantada para começar a sambar.

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