Aulão em virtude do Dia da Consciência Negra aconteceu na quarta-feira (20), no Instituto Municipal Luiz Viana Neto

Aconteceu na quarta-feira, 20 de novembro, data marcada pelo dia em que se celebra o Dia da Consciência Negra em todo país, o “Aulão Raízes do Racismo”, no Instituto Municipal Luiz Viana Neto (IMLVN). A aula foi promovida pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Cidadania e Juventude (SDHCJ) de São Francisco do Conde, através do Departamento de Promoção à Igualdade Racial.

Por meio da história, eles objetivaram que os alunos entendessem o contexto social do racismo na conjuntura atual. A aula dinâmica, em estilo de oficina, falou sobre as origens do racismo, para que os alunos pudessem compreender de que forma, ao longo dos anos, o povo negro foi sendo escravizado e submetido a diversos tipos de humilhações, gerando uma onda de desigualdades sociais, que culminou na sociedade racista que existe hoje. A importância dessa reflexão com os jovens se deu pelo seu reconhecimento e autovalorização.

O diretor do Departamento de Promoção à Igualdade Racial da SDHCJ, Gláucio Belo, disse que “é importante para eles se identificarem como pessoas, porque a sociedade racista tenta colocá-los de forma que eles não se reconheçam como indivíduo, seja por ser preto, traços que definem o biótipo ou estereótipos. Por tais questões, muitos acabam não se reconhecendo e não aceitando a sua identidade, então, esse trabalho para os jovens é fundamental para construção do empoderamento e aceitação da identidade”.

O dia de hoje ainda propôs discussões e reflexões sobre demais temas que envolvem o racismo, como preconceitos, discriminação, desigualdades sociais e a participação dos negros na cultura e sociedade afro-brasileira.

Em um país onde a escravidão foi abolida há apenas 128 anos, ainda existe muita desigualdade relacionada a cor da pele. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em média, os brancos têm os maiores salários, sofrem menos com o desemprego e são maioria entre os que frequentam o Ensino Superior. Além disso, a violência é outra questão agravante. A taxa de homicídio de pessoas negras, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), na Bahia, por exemplo, é de 47,3% enquanto o de não-negros é de 11,3%.

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