Dia Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha inspirou reflexões na Escola Municipal Joaquim Alves Cruz Rios

Na data de 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha e também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Na Rede Municipal de Ensino de São Francisco do Conde, a Escola Joaquim Alves Cruz Rios preparou uma programação especial a fim de refletir as principais questões que envolvem o tema, a exemplo do combate ao preconceito e a importância da autoestima.

De acordo com o diagnóstico do Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, feito em 2015 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o número de mulheres negras no país é 55,6 milhões, das quais 41,1% chefiam suas famílias e recebem, em média, 58,2% da renda das mulheres brancas. Diante das estatísticas, fica evidente um certo privilégio da branquitude, através do predomínio das peles claras em campanhas publicitárias e as novas formas de silenciamento da violência racial.  Tais questões aprofundam ainda mais o debate no combate ao racismo.

Diante desse panorama, a gestão da unidade escolar localizada na Pitangueira, promoveu nesta quinta-feira (25), uma série de atividades a fim de colocar em pauta toda essa discussão. ”Foi um trabalho desenvolvido em sala de aula, orientado pelos professores, sobre à importância da mulher negra assumir o seu papel, no mundo, valorizando sua ancestralidade, refletindo sobre às dificuldades e prejuízos por que passaram e passam às  mulheres negras.  Esse dia, já faz parte do nosso calendário, este é  o terceiro ano que comemoramos à data!”, informou a gestora Lélia Alves.

Para Ayla, estudante do 9º ano, a importância da homenagem ao Dia da Mulher Negra na escola se dá “porque a gente vê muito tipo de racismo e preconceito, até bullying por conta da nossa cor. Então, dessa forma, a gente aprende a se valorizar e não cometer nenhum tipo de racismo contra as pessoas por causa do tom da sua pele”. Vanessa, também aluna do 9º ano, disse que as apresentações realizadas auxiliam “a mulher negra a se valorizar e a gostar dela do jeito que ela é, além de poder, assim, combater o preconceito”.

“O dia 25 de julho é um dia muito importante. Sempre aqui na escola a gente comemora, por ser uma data muito especial que representa muitas meninas, crianças, mulheres que se vêem como negras, em um papel de mulher empoderada. E hoje foi um dia espetacular onde fizemos apresentações que representam o nosso dia a dia, de forma bem sucedida. A gente agradece a diretoria da nossa escola Cruz Rios, que é maravilhosa, assim como os professores e a coordenação. Sou grata por estudar aqui”, finalizou a estudante da última série do Ensino Fundamental Anos Finais, Alana Gabriela. 

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