Práticas de meditação são realizadas no CEAS

Os alunos do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento do Saber – CEAS estão participando de uma experiência diferente, que tem auxiliado em uma maior concentração durante os estudos. Trata-se das aulas de meditação e relaxamento, realizadas pelos professores Marcelo Maia e Ivã Alakija.

Marcelo é mestre em Filosofia pela Universidad de Granada, na Espanha, onde também faz doutorado. “Enquanto professor de Filosofia, pretendo fornecer subsídios que apontem para formação do pensamento autônomo e crítico. Enquanto educador, posso compartilhar minhas experiências pessoais acumuladas em mais de dez anos de vivências com arte, comunicação, educação, cultura e pensamento dentro e fora do Brasil”, informou o professor.

Já Ivã, também licenciado em Filosofia, é especialista em Consciência e Educação e está com a pós-graduação em Filosofia Contemporânea em andamento. “Toda minha experiência diversificada na Filosofia, na Educação em geral e em áreas que envolvem as humanidades –também leciono disciplinas como Antropologia, Relações étnico-raciais e Pedagogia Social na graduação – pode facultar a realização de experiências e experimentações no ensino básico”.

Ambos, em parceria, estão desenvolvendo um modelo de aula que propõe expandir o pensamento, diminuir tensões e preparar o aluno para absorção plena do conhecimento, levando em consideração a estreita relação com o contexto e suas necessidades. Utilizando conhecimentos de yôga, referências ao pensador indiano Krishnamurti sobre meditação, além dos estudos e práticas do grupo de estudo em “consciência”, a dupla tem promovido meditações guiadas, com foco na respiração.

Segundo o professor Marcelo, “as práticas ajudam a diminuir o fluxo da atividade mental dos alunos, o que provoca o desenvolvimento das capacidades de concentração e atenção, diminuição da hiperatividade, da agressividade e das tensões geradas por problemas pessoais”. Além disso, como esclareceu o professor Ivã, “a auto-observação conquistada confere a possibilidade de autoconhecimento e autorrealização

De acordo com os docentes, o resultado final é sempre satisfatório, ainda que no início alguns estudantes se mostrem inquietos e desinteressados. “Aqueles que se entregam à atividade até o final dizem estar se sentido maravilhosamente bem e pedem que a atividade seja feita outras vezes”, relata Marcelo. “O estado de relaxamento, desaceleração e harmonia foi notável para os que mais se entregaram e se integraram à experiência”, comentou o professor Ivã.

Uma dessas alunas é Eduarda Arans. Segundo ela, a experiência com a meditação foi muito boa. “Senti meu corpo mais leve, vi várias cores com os olhos fechados e uma luz no fim de um túnel, por pouco tempo, mas também senti meu pé sem tocar nele e várias coisas que não consigo explicar”. Miguel, que também estuda no CEAS, conta que se sentiu levitando, “pareceu que eu estava flutuando”.

Há, por parte dos professores, o desejo de implementar a prática de meditação de modo permanente na escola. “Estamos empenhados em sistematizar um projeto abrangente. Para isso, precisamos de estratégia, paciência e continuidade de propósito, para que haja aceitação por parte da comunidade escolar”, informou Ivã.

Skip to content