SDHCJ realizou evento em alusão ao dia 20 de novembro, no Dia da Consciência Negra

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Cidadania e Juventude (SDHCJ), por meio do Departamento de Promoção à Igualdade (DEPI), realizou, no auditório da Câmara Municipal de Vereadores, um Painel Temático em alusão ao dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, com o tema: “Avanços e Retrocesso da Lei 10.639/03. A quem interessa?”.

O evento foi um momento para o fortalecimento da identidade cultural dos munícipes, reconhecimento e valorização da história de luta dos franciscanos, além de vivenciar um ambiente de reflexão crítica e de valorização do legado da comunidade local, que é eminentemente negra. Na oportunidade, ocorreu o debate sobre os avanços e retrocessos da Lei 10.639/03, que versa sobre o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira.

“Hoje estamos discutindo acerca do Novembro Negro no Recôncavo, da Lei 10.639/03, que é a lei que segue o estudo cultural dentro da escola pública, assuntos que são de suma importância em tempos de retrocesso, onde temos diversos exemplos de intolerância racial, social e religiosa. Enquanto Secretaria de Direitos Humanos, Cidadania e Juventude temos que assegurar esse direito e lutar para que essas políticas sejam asseguradas, trazendo aqui mais essa discussão acerca do 20 de novembro, que é necessária, pois precisamos parar para discutir, analisar e entender porque nós estamos retrocedendo nesse sentido. O 20 de novembro tem que ser todos os dias”, declarou o secretário de Direitos Humanos, Cidadania e Juventude, Márcio Junqueira.

O evento também foi abrilhantado pela apresentação artística e cultural da Companhia “Corpo Voz Desnuda Boca”, idealizada por Israel Costa e Pedro Canuto, e conta com a participação de Cosme Nascimento e Antonio Martins Neto.

“O Corpo Voz Desnuda Boca é um trabalho que acima de tudo sai da zona de conforto das ideias. É realmente mexer com o pensamento mais centrado, estereotipado, rotulado das pessoas. A convergência do meu trabalho com os dias atuais está em quem sou – negro, black power e que nunca me reconheci no meu estado quando me chamavam de moreno, o degradê de cores. Aqui eu venho me reconhecer como negro, entender que negro não está ligado necessariamente a tonalidade da pele, mas também a todo o contexto social. Raça e classe estão totalmente interligados!”, declarou um dos idealizadores da Companhia “Corpo Voz Desnuda Boca”, Israel Costa.

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